Santa Casa e Apadaf realizam conscientização sobre a Cultura Surda

A Santa Casa de Fernandópolis e a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Fernandópolis (Apadaf) realizaram em conjunto um evento sobre o Setembro Azul. O mês é marcado pela conscientização e valorização sobre a cultura surda com a comemoração do Dia Internacional das Línguas de Sinais, no dia 10, e do Dia Nacional do Surdo, no dia 26.

Com a participação de colaboradores do Hospital e de assistidos pela Apadaf, no dia 26, a pedagoga Patrícia Valini apresentou a palestra “A Luta pela Acessibilidade”, abordando a história e evolução dos direitos, a formação da cultura, os avanços tecnológicos para os surdos.

“Fiquei muito feliz em notar o interesse dos funcionários da Santa Casa em conhecer sobre a cultura surda, isso foi excelente. Quanto mais pessoas souberem da história a maneira de como o surdo vive, melhor será sua inclusão na sociedade, maior será o respeito com a cultura surda”, afirmou Valini.

Durante a apresentação, a pedagoga também frisou sobre as conquistas que a comunidade surda já alcançou. “Hoje podemos comemorar o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como uma língua oficial do Brasil, o que a torna importante não apenas aos surdos, mas a todos brasileiros, pois ela é um bem de todos nós. Também tivemos a regulamentação da profissão de tradutor e interprete de Libras e a possibilidade de atuação desses profissionais na educação e nos ambientes de atendimento ao público”.

Apesar da existência do Instituto Nacional do Surdo (INES) desde 1857, fundado por iniciativa de D. Pedro II como a primeira escola para surdos do Brasil, apenas em 2002 a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente reconhecida como uma língua oficial do Brasil. Em 2004 uma nova Lei determinou o uso de recursos visuais e legendas nas propagandas oficiais do governo e, em 2010 foi regulamentada a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras.

“Ainda existem muitas conquistas pela frente, como a maior utilização de tradutores em serviços de atendimento ao público, o que proporcionará maior acessibilidade, para que os surdos estejam integrados com o que acontece no mundo. Nós fazemos parte da sociedade e não somos invisíveis, temos nossa identidade”, frisou a pedagoga.

 

DENER BOLONHA – Jornalista MTE 67.400/SP

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