O mérito, segundo o provedor, deve-se, também, ao trabalho incansável dos profissionais, à rede de apoio entre municípios, instituições, gestores, empresários, voluntários, doadores e legislativo.
A Santa Casa participou na manhã de hoje da entrega do certificado de reconhecimento público para as instituições de saúde, pelos serviços prestados durante a pandemia. Para receber o documento, o hospital foi representado pelo provedor e administrador Marcus Chaer. O evento foi organizado pelo Departamento Regional de Saúde de São José do Rio Preto (DRS XV) e, contou, ainda, com a presença do Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. Jean Gorinchteyn, o Prefeito e o Secretário Municipal de Saúde de Fernandópolis, André Pessuto e Ivan Veronesi, também reconhecidos pelas boas práticas no município.
PARA LEMBRAR
Em julho de 2021, a Santa Casa Fernandópolis foi a primeira do noroeste paulista, e um dos poucos hospitais do país, a conquistar a certificação “Covid Free”, reconhecendo o desenvolvimento de boas práticas na prevenção e enfrentamento à pandemia do coronavírus. O selo atesta que a Santa Casa segue os padrões nacionais e internacionais e preza pelo ambiente seguro na assistência aos pacientes com Covid-19 e aos colaboradores do complexo hospitalar. Durante o processo, foram avaliados 99 itens, de diversas áreas do hospital, por profissionais especializados no sistema de saúde e com base em referências científicas mundiais adaptadas à realidade brasileira.
DURANTE A PANDEMIA
Segundo o provedor, o reconhecimento chega em boa hora, pois atesta que as práticas de enfrentamento à covid colocam a Santa Casa como um exemplo a ser seguido. Chaer lembra, por exemplo, do treinamento intensivo dos profissionais, da dedicação exclusiva para além da jornada de trabalho e do projeto que humanizou atendimentos no hospital, em parceria com a ONG ImageMagica, que produziu crachás humanizados para profissionais de saúde e realizou videochamadas entre pacientes e familiares. Na época, pacientes internados nos hospitais durante a crise sanitária global enfrentaram o problema do distanciamento de familiares e amigos, isso porque, as visitas foram suspensas como forma de prevenir o contágio da doença.
CUSTOS NA AMPLIAÇÃO DE LEITOS DE TERAPIA INTENSIVA DA “UNIDADE DE ATENDIMENTO A SÍNDROMES GRIPAIS”
Embora tenha sido referência no combate à pandemia, a Santa Casa Fernandópolis sofreu com a alta nos custos para manter os atendimentos de enfermaria e terapia intensiva a pacientes com o novo coronavírus, além de ter atingido picos de lotação que chegaram a 179% do número de leitos com cobertura financiada pelo SUS. Apenas a unidade dedicada a este tipo de atendimento teve um custo total que ultrapassou R$ 1 milhão em março de 2021, correspondendo a 27% do custo geral do hospital.
Representando o maior gasto dentre o tratamento hospitalar, cada leito de terapia intensiva (UTI) tem custo médio de R$ 2.234,00 por dia, enquanto o SUS (Sistema Único de Saúde) cobre apenas 72% das despesas com a manutenção, repassando R$ 1.600,00 aos hospitais, que, em sua maioria, são beneficentes e Santas Casas, geralmente com dificuldades financeiras.
A elevação dos custos no combate à covid-19 e do número de pacientes atendidos, além da contratação e ampliação de leitos também afetou as finanças dos meses de abril e maio do mesmo ano. Integram as responsabilidades financeiras da Santa Casa na manutenção da unidade de atendimento ao coronavírus o investimento em equipe multiprofissional composta por profissionais de enfermagem, médicos e fisioterapeutas e serviços como o de exames clínicos, laboratoriais, medicamentos, materiais e equipamentos.