Fundada em 1948 e, prestes a completar 67 anos de funcionamento, Santa Casa projeta, para 2023, o ano da sua transformação
As Santas Casas de Misericórdia tiveram seu início com a criação da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa (Portugal) em agosto de 1498. Essas irmandades surgiram como organizações comunitárias, com pressupostos religiosos baseados nas 14 Obras de Misericórdias de Tomás de Aquino, com o foco em dar assistência aos mais necessitados. Logo depois, o modelo das Misericórdias lusitanas foi exportado para suas colônias.
Seguindo esses ideais, um grupo formado por mais de 100 homens se reuniram e decidiram pela fundação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis no verão de 1948, mais precisamente no dia 1º de fevereiro, nove anos após a fundação da cidade. Movidos pelo sentimento de solidariedade, os Irmãos foram a campo para angariar donativos para a construção do hospital, recebendo o pontapé inicial em 1952, com a doação de um terreno no antigo Bairro da Estação, local considerado estratégico para as instalações hospitalares. A obra final foi inaugurada em 28 de fevereiro de 1956.
Dois mil e vinte e três será um ano importante para a Santa Casa Fernandópolis. Afinal, o principal hospital da cidade completa três quartos de século de fundação. Hoje, a irmandade se tornou um complexo. A recente certificação de reconhecimento público para as instituições de saúde, pelos serviços prestados durante a pandemia, pelo desenvolvimento de boas práticas na prevenção e enfrentamento a maior crise sanitária do século, mostra a habilidade de se sobressair das adversidades e contratempos.
Ainda que preservando seus ideais originários, a instituição ressignificou a ideia de assistir e promover à saúde aos seus usuários e demonstra uma intensa atuação por melhoria, profissionalização e modernização do setor. Sua reestruturação é uma de suas principais marcas, pois busca possibilitar aos seus usuários, constante atualização sobre temas pertinentes à ciência da saúde, além de promover a integração com os setores público e privado, através eventos e ações, cujo objetivo é a excelência do setor beneficente e filantrópico brasileiro.
O complexo se prepara, agora, para os desafios rumo aos cem anos com a certeza de que “o tempo desafia as coisas, mas as Misericórdias desafiam o tempo”.