O procedimento, que foi realizado durante o parto, armazenou células do cordão umbilical.
A Santa Casa Fernandópolis executou pela primeira vez o procedimento para a coleta de células-tronco retiradas a partir de cordão umbilical. O procedimento, que durou cerca de 45 minutos, foi realizado no último dia 19, durante parto cesariana realizado pelo médico obstetra Marcelo Bortoleto e equipe do Centro Cirúrgico do Hospital.
A decisão de armazenar as células-tronco do bebê partiu da segurança que os pais teriam, dada a existência de casos de leucemia na família. Esse procedimento pode assegurar 100% de compatibilidade com o filho, aumentando as chances de sucesso caso seja necessário um transplante no futuro. As células-tronco também apresentam chances de compatibilidade para serem utilizadas em irmãos ou outros parentes diretos, que tenham relação sanguínea com a criança.
Para realização do procedimento, o médico Marcelo Bortoleto e a enfermeira Márcia Samartino participaram de curso oferecido pela Cordvida, empresa responsável pelo armazenamento do material.
“O Sangue do cordão umbilical é rico em células-tronco, que são Hematopoiéticas, que tem o potencial de reparar o sistema sanguíneo do corpo e por isso servem para o tratamento de doenças hematológicas como as leucemias, linfomas, talassemia, anemia falciforme entre outras”, afirma Bortoleto.
IMPORTÂNCIA DAS CÉLULAS TRONCO
As células-tronco originam-se nos tecidos e órgãos do corpo, tem capacidade de se renovar e de ser diferente de outras células. Isso significa que elas reparam os tecidos que são danificados por doenças, acidente ou envelhecimento, podendo salvar vidas.
Guardar as células traz segurança à família, para que se possa ter mais chances de tratamentos futuros. A coleta é retirada do tecido umbilical logo após o nascimento em um procedimento indolor ao bebê e à mãe.
Para o armazenamento é utilizada uma substância que protege o tecido biológico dos danos do congelamento, o crioprotetor. As células que ficam congeladas em nitrogênio líquido em -196 °C podem durar, no mínimo, duas décadas.
ANY ANDRADE – Estagiária de Jornalismo